Bento XVI convida católicos a inspirarem-se na "luz"

Bento XVI lançou, hoje, um apelo aos católicos para empreenderem, como os primeiros apóstolos, "uma peregrinação nos desertos do mundo". Na celebração que assinala os 50 anos do início do Concílio Vaticano II (1962-1965) o Papa destacou a importância do "Evangelho e da fé" e como os documentos do Concílio Vaticano II se afirmam atuais.
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O Papa apelou, hoje, à redescoberta do legado conciliar face ao «vazio» da sociedade, naquele que é o Ano da Fé, por ele proclamado, e o 50.º aniversário da abertura do Vaticano II.

"Qual seria o valor de uma vida, de um mundo sem Deus, já se podia perceber no tempo do Concílio a partir de algumas páginas trágicas da história, mas agora, infelizmente, vemo-lo todos os dias à nossa volta: é o vazio que se espalhou", alertou o Papa, hoje, na homilia que presidiu na Praça de São Pedro, para a inauguração do Ano da Fé, no 50.º aniversário do Vaticano II.

Na sua intervenção Bento XVII referiu a necessidade de integrar, na ação da Igreja, essa experiência de deserto e vazio para "redescobrir o valor daquilo que é essencial para a vida".

"No deserto existe, sobretudo, necessidade de pessoas de fé que, com suas próprias vidas, indiquem o caminho para a Terra Prometida, mantendo assim viva a esperança", acrescentou.

O Papa convidou os católicos a entrarem no "movimento espiritual que caracterizou o Vaticano II" e disse que há 50 anos se vivia uma "tensão emocionante, em relação à tarefa comum de fazer resplandecer a verdade e a beleza da fé".

Bento XVII falava perante milhares de pessoas e 400 cardeais, arcebispos e bispos, os quais repetiram a procissão na Praça de São Pedro que foi umas das imagens históricas do dia 11 de outubro de 1962.

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